Diário da Região
REPERCUSSÃO

Beth Sahão e Rillo dizem que prisão preventiva de Bolsonaro foi 'bem fundamentada'

A deputada estadual Beth Sahão e o vereador João Paulo Rillo afirmam que havia fortes indícios de que ex-presidente se preparava para fugir para uma embaixada e pedir asilo político

por Marco Antonio dos Santos
Publicado há 1 horaAtualizado há 1 hora
A deputada Beth Sahão (PT), que é da região de Rio Preto (Rodrigo Costa/Alesp)
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A deputada Beth Sahão (PT), que é da região de Rio Preto (Rodrigo Costa/Alesp)
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A deputada estadual Beth Sahão (PT), de Catanduva, uma liderança de esquerda na região de Rio Preto, afirmou que a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada nesta madrugada pelo ministro Alexandre de Moraes, era “o mínimo a ser feito” após a Polícia Federal apontar violação da tornozeleira eletrônica.

Segundo a deputada, a tornozeleira representava uma forma mais branda de cumprimento da prisão domiciliar, condição que vinha sendo respeitada até então. “A informação é gravíssima. Ao violar a tornozeleira, e ao ministro ter conhecimento disso pela Polícia Federal, a decisão de decretar a prisão preventiva era a única medida possível”, afirmou.

Sahão destacou que a atuação do Supremo ocorreu “sem alarde e sem espetacularização”, citando episódios de operações ruidosas envolvendo outras autoridades no passado. “Todos os indícios mostram que ele não terá nenhuma possibilidade de se livrar dessa prisão. E é a prisão mais justa, porque quem trama um golpe precisa pagar pelo que fez”, disse.

O vereador João Paulo Rillo (PT) afirmou que a prisão preventiva é “justa, constitucional e necessária”. Logo de manhã, ele postou um trecho do vídeo do plantão da Rede Globo. A apresentadora Sabina Simonato entrou ao vivo para informar a prisão de Bolsonaro.

Para o vereador, os elementos citados por Moraes criam “um clima favorável a uma possível fuga”, considerando que Bolsonaro se aproxima da fase definitiva de cumprimento da pena de 27 anos por tentativa de golpe — processo ainda em andamento.

“O ministro Alexandre de Moraes foi rápido e sensível ao pedido da Polícia Federal. A prisão preventiva está dentro das quatro linhas da Constituição”, afirmou. Rillo disse ainda que Bolsonaro “não pode voltar a uma vida normal” porque “terá de cumprir a pena quando for confirmada”.